Perante um cenário ambiental preocupante sobretudo para a região algarvia, cerca de 70 participantes ligadas à temática da água e do setor do golfe nacional, marcaram presença no simpósio “A Importância da Reutilização de Águas Residuais na Rega de Campos de Golfe”, organizado em conjunto pela Federação Portuguesa de Golfe (FPG), Águas do Algarve e Mota Engil-ATIV, que se realizou no Hotel Tivoli Lagos.
Para a Mota-Engil ATIV foi um evento marcante na medida em que partilhando das mesmas preocupações relativamente aos desafios ambientais, teve a oportunidade de apresentar a Tecnologia DryJect+SAP que se afirma cada vez mais como uma inovação na redução de consumos de água na rega de campos de golfe.


Para além de uma evidente poupança significativa de água de rega que pode ascender a 50% e em resposta à tendência de agravamento da seca, a Mota-Engil ATIV acredita no potencial desta tecnologia, com tudo o que traz de positivo para a mitigação das alterações climáticas que estamos a viver.
O seminário teve como oradores, Miguel Franco Sousa (presidente da FPG) André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, António Eusébio, presidente da Águas do Algarve, Hugo Pereira, vice-presidente executivo do conselho de administração da Águas do Tejo Atlântico, Susana Grácio, em representação do Turismo de Portugal, Pedro Coelho, diretor da Agência Portuguesa para o Ambiente, Pedro Silvestre, em representação do campo de golfe dos Salgados (Grupo NAU Hotels & Resorts) e Cristina Veríssimo, da Mota Engil ATIV.
Reconhecendo a importância da reutilização de águas residuais na rega de campos de golfe, a Águas do Algarve anunciou o investimento de 23 milhões de euros para a qualificação de 5 ETAR, o que vai permitir, até 2025, fornecer água reutilizada a 50% dos campos de golfe do Algarve, permitindo uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos.
“Foi um encontro de extrema importância, elucidativo do momento crítico pelo qual estamos a passar, mas fundamental para enquanto parceiros, trabalhar em conjunto para obtermos novas origens de água, novas reservas e a reutilização de água, contribuindo para assegurar o equilíbrio entre a oferta e a procura”, acrescentou António Eusébio.
Sobre o Dryject, António Eusébio elogiou o seu valor, “bem como de todas as tecnologias que se possam utilizar para uma maior eficiência e poupança de água fundamentais para chegar a bons resultados”.


Já Miguel Franco de Sousa, presidente da FPG revelou que o principal objetivo dos três parceiros e intervenientes na organização do evento foi continuar a manter na agenda do dia, “aquilo que são os problemas da seca e que decorrem em particular para os campos de golfe”.
“Sabendo que existia um plano de investimento para ETARS no Algarve de 23 milhões de euros para cinco estações e que vão abastecer cerca de 50% dos campos de golfe, achámos que esta seria uma boa altura para chamar todos os players da região, para a necessidade de utilização de APR (água para reutilização)”.
Para além disso, “foi trazida para cima da mesa uma ferramenta muito importante que a FPG conhece bem e que utiliza no Jamor, que é o Dryject+ SAP e que demonstra ser um aliado que vai contribuir para combater os problemas do stress hídrico e para redução de utilização de água e todas estas soluções juntas são importantes”, concluiu Miguel Franco Sousa, enaltecendo o resultado do evento, fazendo um balanço extremamente positivo.
Numa sessão de trabalho intensa, o seminário relevou a importância crescente de uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos, mostrando a união do setor em torno deste tema, que se tem empenhado, de forma exemplar, na procura de soluções conjuntas para a sustentabilidade nacional.